O espetáculo teatral que traduz o momento que a humanidade passa agora: o clima de guerra
TEXTO: GERALDO IENSEN
FOTO: FAUSTO (IMPERATRIZ FOTOS)
No
espaço reservado para as artes cênicas, a 10ª
Aldeia Sesc Guajajara de Artes ofereceu
ao público, nesta
sexta-feira (27),
um espetáculo teatral que traduz o momento que a humanidade passa
agora: o clima de guerra. Embora essa comparação pareça exagerada,
nada como a arte para nos levar à reflexão sobre os caminhos que
são trilhados pelos povos nesse século XXI.
A
Peça “10 coisas que meu pai deveria ter ouvido antes de ter ido
para a guerra”, da Companhia DRAO, usa a guerra como tema para
mostrar os horrores que leva a necessidade de sobrevivência, isso
que para nós, brasileiros tem outras nuances.
O
drama é posto da seguinte maneira: “Momentos finais da segunda
guerra mundial. Uma família tenta sobreviver enquanto o exército
russo invade a Alemanha. O pai, um coronel psicótico, travestido e
fingindo ser a mãe, cria seus dois filhos em um porão, como se
fossem meninas, temendo que pudessem ser arrastados de casa e levados
ao combate”.
A
farsa pode ser desmontada, como todas as farsas. O conflito é
iminente; os resultados, ninguém sabe.
A realidade é dos
dois lados na porta de nossa casa. A guerra contra o ISIS e o
terrorismo é a atual, suas conseqüências chegam a lugares
distantes. Portanto, nos afeta.
Outro
detalhe, que traz o absurdo para nosso quintal, é que, em São Luís,
há algumas décadas, uma mãe se separou do marido e, com medo de
perder o filho para o ex, que era um aristocrata poderoso, criou o
filho como menina, uma forma de esconderijo, inclusive estudava no
Colégio Rosa Castro, um escola só para meninas (da época). As
consequências disso, nem os cronistas da ilha escreveram; tudo
ficou na história oral.
Tudo
isso credencia pela significância do cenário histórico, este
trabalho de imensa qualidade artística que é “10 coisas que meu
pai deveria ter ouvido antes de ter ido para a guerra”. Ivy
Faladeli assina texto, concepção e direção.
No sábado (28), EBULIÇÃO ou Redemoinhos no Boqueirão [Remoso] da Baía é a atração da 10ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes apresentada pelo Coletivo Teatro da Sacola no cais do município de Raposa.
Segundo o criador do projeto, Jean Bottentuit, “o processo de Attack Cênico Urbano é reforçado pelos ideais do Teatro do Ódio do dramaturgo francês Jean Genet, com pesquisas corporais em Afro-Butoh, View Points, Teatro Performativo e Cultura Popular e musicas de Kiko Dinucci, Donato Alves e Sousândrade”.
Se dá através da experimentação em ruas, praças, a céu aberto, usa as ruas e as edificação, os contrastes para as montagem. O grupo busca montar um espetáculo com artistas preocupados com uma estética experimental e desafiadora buscando aguçar no público presente um novo olhar para o fazer teatral a céu aberto .
Essa é a estreia do Coletivo Teatro da Sacola de Brasília -DF e o Núcleo da Ilha em São Luís do Maranhão. Segundo Bottentuit, esse Attack é preparado para área de “praia” e vai usar o cais da Raposa como cenário.
A apresentação faz parte da programação da X Aldeia Sesc Guajajara de Artes e começa às 6 da tarde, no cais da Raposa.
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