31 de out. de 2013

Aldeia Sesc oferece noite de teatro, cinema e hip hop nesta quinta, 31

Dois espetáculos teatrais e shows com Plano Somma e T.A. Calibre 1 estão na programação da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes.
  
A 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes continua nesta quinta (31), com várias atividades culturais, espetáculos teatrais, shows musicais, filmes e  exposição de fotografias. O destaque fica por conta da apresentação de duas produções teatrais maranhenses - “Poemas para Che”, da Cia. Direto da Fonte, e “Dona Derrisão”, da Petite Mort Teatro – e do show das bandas Plano Somma e T. A. Calibre 1.

A Cia. Direto da Fonte vai contar a história do homem que carregava na mão um fuzil e na outra um caderno de poemas: Che Guevara. A imagem mítica do líder da revolução cubana na década de 1960 será apresentada às 18h, no Teatro João do Vale.



Quando o guerrilheiro chegou à Bolívia, em 1966, carregava consigo três cadernos. Seu diário, um caderno com anotações e apontamentos teóricos e outro, de capa verde, com 69 poemas. A compilação deste material foi editada no livro O Caderno Verde de Che, que serviu de inspiração para montagem do espetáculo, junto com outros textos de autores como Pablo Neruda, Nicolas Guillén, Dom Pedro Casaldáliga, León Felipe e Ferreira Gullar. A peça apresenta a face mais poética do homem que lutava pela igualdade social e pela paz.

No elenco participam os atores Domingos Tourinho, Lúcia Gato, Raimundo Reis, Berg Martins, Thaylon Diniz, Marlucie Emily, Roberto Fróes, Natan Campos, Ezequias Santos, Luciano Garcia.

No palco do Teatro Alcione Nazareth, às 19h, será apresentado o espetáculo “Dona Derrisão”, da Petit Mort Teatro. A companhia, formada pelos atores Nuno Lilah Lisboa e Luís Ferreira e pelo diretor Igor Nascimento, tem se destacado na produção teatral contemporânea com espetáculos inspirados no Teatro do Absurdo, que une a comicidade ao trágico sentimento de desolação e de perda de referências do homem moderno, com narrativas existencialistas sobre a solidão e a responsabilidade do homem por seu destino em um mundo sem Deus.



No dicionário, a palavra derrisão quer dizer “conduta ou procedimento que demonstra certo desprezo pelo outro, normalmente, apresentado de maneira irônica ou com sarcasmo”. No texto de Igor Nascimento, inspirado em pessoas com Alzheimer ou com problemas de memória, a Dona Derrisão se torna a Senhora Zombaria, para falar do tempo que ri da gente à medida que os dias passam.

Cinema

Dentro da programação da Aldeia acontece a Mostra CineMundi do Sesc, no Cine Praia Grande, com nove produções de nacionalidades diferentes, que embora não tenham um elo temático comum, trazem olhares contemporâneos sobre o amor e o fazer cinematográfico ao redor do mundo. Nesta quinta, dois filmes canadenses serão exibidos em duas sessões, o primeiro às 18h e o outro às 20h.

  
O Vendedor (2011) conta a história de Marcel Lévesque, um esperto e talentoso vendedor de carros próximo da aposentadoria. Ele tem sido vendedor do mês pelos últimos 16 anos na concessionária em uma decadente região industrial na parte mais fria do Canadá, mas uma tragédia poderá mudar toda a sua vida.

Na segunda sessão será exibido Incêndios (2010), que conta a comovente história da viagem de dois jovens adultos para o Oriente Médio, uma viagem pessoal também ao núcleo do ódio profundamente enraizado, das guerras que nunca acabam e do amor duradouro.

A entrada é gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do Cinema, uma hora antes de cada sessão.

Noite de Rap e Hip Hop

A noite será a vez das rimas e do improviso musical. A partir das 20h, o DJ Alladin já estará no palco da Praça Nauro Machado fazendo discotecagem com combinação de beats e batidas ao vivo, misturando o hip hop com outros estilos (rock, mpb, reggae e ritmos da cultura popular), apresentado o que ele denomina de “beat amórfico” ou batida sem forma.



Às 21h será a vez do Plano Somma se juntar à Aldeia. Há três anos no circuito musical de São Luís, o grupo amplia o repertório do movimento Hip Hop com os ritmos tradicionais da terra e as batidas de estilos musicais variados, homenageando grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Jorge Benjor e Bezerra da Silva.


Plano Somma é a dupla de MC’s Maciel e Felipeza. Nas letras do raps e rimas, os dois s inspiram na realidade social das ruas de São Luís buscando desvincular a relação entre o rap e a favela. No repertório, músicas como Vagabundo, Cabôco, Eu quero chegar, Férias Tropicais, Ilha Sinistra, Olho De Bacia, Um viajante rumo ao mundo bem distante, entre outras, que podem ser ouvidas no site www.tnb.art.br/rede/planosomma.

Às 22h sobe ao palco a T. A. Calibre 1., uma das mais representativas bandas da cena do rap em São Luís. O disco Balaio (2002) foi considerado um dos dez discos mais lembrados da música do Maranhão, em lista organizada pelo jornalista Zema Ribeiro. Na opinião do poeta Celso Borges, “o disco propõe um diálogo mais próximo entre o hip hop e os ritmos da cultura popular”. Neste show, a banda comemora os dez anos do lançamento de Balaio e também apresentará novas composições.



8ª Aldeia Sesc

A 8ª Aldeia segue até sexta, 1º de novembro, em São Luís. Nas cidades de Itapecuru e Caxias, a programação acontece de 03 a 09 de novembro, com oficinas, espetáculos teatrais e shows. A mostra é gratuita, mas o público pode colaborar com o Programa Mesa Brasil do Sesc, que complementa milhares de refeições de crianças e adolescentes de São Luís e Caxias, doando 1 kg de alimento não-perecível nas bilheterias dos teatros.

O objetivo do evento é difundir a cultura brasileira e o talento da produção local nas mais diversas linguagens, trazendo espetáculos de circulação nacional e promover a formação de plateia. Este ano o evento passou a se chamar Aldeia, que são as mostras de arte e cultura organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc visando fortalecer os laços comunitários de artistas, espectadores e produtores, buscando inovar e diversificar o circuito cultural brasileiro.

Programação completa e mais informações


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Texto: Alberto Júnior

O Folk invadiu o Sesc Deodoro na programação musical da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes


Um dos gêneros mais influentes e engajados da história da música pop, o folk continua atraindo milhares de admiradores na atualidade tanto que, muitas bandas percorrem a saga de um estilo que teve seu auge nos anos 60, com as canções de protesto de grandes gênios como Bob Dylan. Em São Luís é a paulista radicada no Maranhão, Acsa Serafim que dá o tom desse estilo singular. Quem compareceu ao Anfiteatro se do Sesc Deodoro no comecinho da noite de terça-feira (29), se encantou com a suavidade das belas composições da universitária, que ganhou o primeiro violão aos 15 anos e desde então se apaixonou universo musical. 

Adultos e crianças faziam parte da plateia que prestigiou a apresentação. Acsa agradou o público com canções autorais compostas em inglês que se apropriam de elementos do folk clássico ao rock indie europeu. A artista é nova na cena musical, em setembro de 2012 fez sua primeira apresentação no Odeon Sabor & Arte, em São Luís, reunindo um número considerável de admiradores.


Wagner Lopes, comerciário disse que já conhecia o trabalho da artista e que gostou muito do show: “gosto muito das musicas de Acsa, ouvia pela internet, tê-la ao vivo é muito bom”, afirmou.


A apresentação integrou a programação musical da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes que este ano engloba o Projeto Som Poente, um nasceu na perspectiva de apresentar ao público a variedade musical produzida no Maranhão uma vez que, desde o aparecimento e da difusão pelo mundo de gêneros como o rock, pop, blues, reggae, dentre outros, cada vez mais jovens pertencentes as mais diversas classes sociais têm se reunido para formar as chamadas “banda de garagem”.


Letícia Oliveira, jornalista elogiou a programação da Aldeia Sesc Guajajara em 2013 e disse estar muito feliz em assistir a apresentação de Acsa Serafim: “a programação da aldeia esse ano está muito rica, a Acsa é uma artista nova e eu fico muito feliz com a iniciativa do Sesc em convidá-la, os artistas maranhenses são carentes de incentivo cultural e iniciativas como a do Sesc valorizam o trabalho artístico local”, destacou.


A proposta do Som Poente é justamente a difusão dos gêneros musicais, aproximando músicos, produtores e o público em geral, visando à troca de experiências oportunizando a promoção e a revelação de talentos por meio da música.

Foto: Rosana Barros
Fonte: Izadora Carvalho (estagiária) / ASCOM SESC

Rádio Casarão anima a hora do almoço no Sesc Deodoro


Até sexta-feira, 1º de novembro, os usuários do Restaurante do Sesc Deodoro irão curtir o som maneiro da Discotecagem “Rádio Casarão”. Quem comanda esse projeto é o DJ Danilo Andrade, que pela primeira vez integra a programação da Aldeia Sesc Guajajara de Artes. Graduando em Ciências Sociais na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, ele destaca a importância de projetos como a Aldeia para arte maranhense: “O projeto fomenta a arte maranhense em todas as formas, tanto para artistas da noite, de rua e do circo, isso aumenta a valorização da arte em São Luís”. 

Com 27 anos, Danilo toca na noite maranhense desde 2009, mas é um colecionador de discos e admirador da música nacional há muito mais tempo. “Não deixo de lado as boas influências nacionais, mas a música nacional é a minha principal influência”. Nos próximos dias, o DJ pretende trazer alguns dos discos de sua coleção para que os frequentadores do restaurante possam conhecer.

A servidora, Maria de Jesus que desempenha a função de auxiliar operacional era uma das mais animadas com o som que estava tocando no restaurante. Apreciadora do samba, Maria foi só elogios a “Rádio Casarão”: “Com música a gente trabalha mais feliz e alegre, eu que adoro e amo samba, estou bastante animada”.

A iniciativa não fez sucesso somente entre os servidores, o frequentador do restaurante, Gustavo Medeiros, vê a programação da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes como um incentivo à produção local. Para ele, além de relaxar quem vai almoçar no restaurante, a discotecagem ajuda os usuários a conhecerem um pouco mais da cultura popular maranhense e a partir daí passarem a valorizar os artistas que a produzem.


A “Rádio Casarão” permanece até sexta (01) levando música de qualidade aos frequentadores do restaurante do Sesc Deodoro. Com um repertório que passeia pelo samba, roots, chorinho e toda a nata da música nacional de raiz, Danilo Andrade comanda a playlist que vai relaxar e encantar a hora do almoço de muita gente.


Fonte: Juara Castro (estagiária) / ASCOM SESC

30 de out. de 2013

Espetáculos de circulação nacional e shows de reggae são destaques na programação da Aldeia Sesc nesta quarta, 30

As Companhias Ave Lola (PR) e O Imaginário (RO) vão abordar temas como fábula e memória sertaneja. Na Praça Nauro Machado haverá shows de reggae, a partir das 20h.

Dando continuidade à programação da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes, nesta quarta (30), três espetáculos teatrais estarão nos principais teatros do Centro Histórico abordando o tema da relação do homem com os elementos da natureza. Shows de reggae e música folk vão agitar a noite no Sesc Deodoro e na Praça Nauro Machado, a partir das 19h.

Refletir sobre os hábitos e comportamentos do homem que vive sua individualidade em espaços urbanos cada vez mais fechados é o que propõe o espetáculo “[Cu]rral”, do Coletivo Artes Urbanas, que será apresentado às 18h, no palco do Teatro João do Vale.

Na cena, a performer Gê Viana se movimenta em um cubo branco. No mesmo espaço, pedaços de coração bovino estão pendurados feito açougue. A partir de então, ela suscita o pensamento filosófico de que o coração do homem é um curral na sociedade pós-moderna.



O texto é inspirado nas ideias do manifesto literário futurista e sua concepção aposta na estética do hiper-realismo fantástico, explorando experiências de forte carga emocional e social entre o belo e o grotesco na narrativa. Tudo resulta em performance ácida e poética, fazendo o público pensar as relações do homem, um bicho da natureza, com seus cativeiros urbanos e suas possibilidades de transmutação e acasalamento reconfiguradas diante do futuro.

Fábula e Sertão

O grupo Ave Lola Espaço de Criação, de Curitiba (PR), apresenta às 19h, no Teatro Alcione Nazareth, o espetáculo “O Malefício da Mariposa”, inspirado em texto do poeta e dramaturgo Federico Garcia Lorca.

A peça aborda de forma poética o tema mais recorrente da literatura universal: o amor, utilizando da fábula como narrativa para retratar a louca paixão de Curianito por uma mariposa misteriosa. O cenário é um estranho jardim onde criaturas da natureza amam e sofrem de maneira parecida com a dos humanos. O palco é dividido pela performance conjunta de atores e bonecos.


Com direção de Ana Rosa Tezza, todo o cenário, figurino e bonecos são criações coletivas da equipe da Ave Lola. O espetáculo tem circulado por várias cidades e capitais brasileiras por meio do Projeto Palco Giratório, que fomenta a difusão e descentralização das artes cênicas no Brasil e promove a troca de experiências entre grupos de teatro.

Às 20h, o ator Leo Carnevale, da Cia. O Imaginário (RO), sobe ao palco do Casarão Ângelus Novus para interpretar vários personagens que conquistaram as terras, os rios, as florestas, no espetáculo “Varadouro”, fazendo uma reflexão sobre os caminhos do ser humano e seus sentimentos diante da imensidão que transborda do rio e da floresta.


Parte integrante do projeto Caravana Mitos e Lendas a Caminho do Sertão, o espetáculo é fruto de um trabalho de pesquisa sobre as memórias de toda a pluralidade de pessoas que ajudaram a construir o estado de Rondônia. Durante a cena, objetos sonoros e recursos percussivos vão criando camadas sensoriais que deslocam o espectador para os espaços ribeirinhos.

Apresentações no Sesc Deodoro

A Área de Vivência do Sesc Deodoro também é mais um espaço de atividades que integram a programação da 8ª Aldeia Sesc. Durante o horário de almoço, apresentações infantis e intervenções poéticas e discotecagem serão oferecidos aos visitantes e comerciários.
A partir das 12h, o Grupo N∞ do Ceará apresenta a peça infantil Mistura: A Dança das Coisas”. Idealizado pelos artistas Carlos Antônio dos Santos, Ricardo Leite e Mônica Rêgo Maciel, o grupo realiza trabalhos que abrangem dança, performance, vídeo-dança, fotografia e teatro, ou seja multilinguagens.

No mesmo horário, o mímico Gilson César realizará a sua intervenção poética “Realejo”. Com uma gaiola e o som de realejo, ele convida os frequentadores do Sesc para um momento de leitura e reflexão.

Shows

Às 20h, a Nauro Machado será ocupada pelos amantes do bom reggae e dubs com o show das bandas maranhenses Kazamata e Manu Bantu, além da discotecagem da DJ Nega Glícia.



Kazamata é uma das bandas mais conhecidas do público maranhense. Com estilo próprio e repertório inventivo, o grupo tem se destacado em festivais e suas músicas já são sucesso nas rádios. A levada do reggae é a base do som da banda que também experimenta a mistura de sonoridades. A banda já dividiu o palco com grandes nomes do reggae nacional e internacional, como Natiruts, Tribo de Jah, Planta e Raiz, SOJA, Dread Mar I e Alpha Blondy. Em 2009, foi premiado como “Destaque da Noite”, pela Rádio Universidade FM e atualmente está em fase de produção do seu segundo disco. A banda é composta por: Hilton Quintanilha (Voz), Júnior Muniz (Baixo e Voz), Fofo Black (Bateria e Voz), Márcio Praseres (Guitarra) e Paulo Apingorah (Guitarra).



“Sixties & Seventies” é o nome do show que a Manu Bantu vai apresentar, às 22h, no mesmo palco. O show é uma releitura de clássicos da fase áurea do reggae, passando por vários gêneros, como o ska e o rock steady, cantando clássicos jamaicanos do Studio One, por onde todos grandes artistas passaram. Além do repertório autoral do álbum NRG, a banda tocará músicas de artistas que os influenciaram, como Steel Pulse, Culture, Desmmon Dekker, entre outros.
  


8ª Aldeia Sesc

A 8ª Aldeia segue até o dia 1º de novembro, em São Luís. Nas cidades de Itapecuru e Caxias, a programação acontece de 03 a 09 de novembro, com oficinas, espetáculos teatrais e shows. A mostra é gratuita, mas o público pode colaborar com o Programa Mesa Brasil do Sesc, que complementa milhares de refeições de crianças e adolescentes de São Luís e Caxias, doando 1 kg de alimento não-perecível nas bilheterias dos teatros.

O objetivo do evento é difundir a cultura brasileira e o talento da produção local nas mais diversas linguagens, trazendo espetáculos de circulação nacional e promover a formação de plateia. Este ano o evento passou a se chamar Aldeia, que são as mostras de arte e cultura organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc visando fortalecer os laços comunitários de artistas, espectadores e produtores, buscando inovar e diversificar o circuito cultural brasileiro.


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28 de out. de 2013

Amor e outros rocks no segundo dia da Aldeia Sesc

No sábado (26), a 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes exibiu o espetáculo Amor Confesso (Cia. Falácia-RJ), peças infantis e show com bandas maranhenses de rock.

O espaço do Teatro João do Vale, às 17h de sábado (26), escureceu, iluminando os pequenos bonecos da Companhia Boca Rica, para contar a história de Lali e seu amor por flores, pássaros e a natureza. Com muita delicadeza e simplicidade, a peça vai envolvendo o espectador na observação da beleza das coisas frágeis, na relação cordial entre a vizinhança e a harmonia que devemos procurar nas relações humanas. Nada tão complicado de compreender. As crianças responderam rápido ao sentido da história.


Lali tem um jardim e a companhia do passarinho Alegria. Durante os dias, cuida da casa e admira a beleza da natureza. Ela tem dois vizinhos, Zé da Cabra e o jovem Tomé. Tudo vai bem até o dia em que a cabra come suas flores e plantas. Ela reclama e diz que os bichos podem ser educados. O vizinho bravo machuca o passarinho da menina. Triste, ela resolve plantar tudo de novo e cuidar do passarinho. A flor nasce novamente, mas Tomé, jogando bola, machuca a flor. Nova decepção e tristeza. Numa noite, cai a chuva e as flores renascem. A menina fica maravilhada, perdoa Tomé e o passarinho se recupera. Uma história simples que revela a metáfora da primavera e o sentimento de renovação da natureza e do espírito humano.


No palco do Teatro Alcione Nazareth, às 18h, foi a vez da dupla de palhaços Mucos Meleca Eca e Lulu Piluleta divertir a criançada com o espetáculo “Ida ao Circo”. A peça faz metalinguagem sobre a tentativa de um casal de palhaços em ir ao circo. Com humor ingênuo, esquetes bem demarcadas e cenário minimalista, os dois divertiram o público com situações cotidianas, sem fazer apelo a qualquer referência comercial ou a paródia contemporânea, comprovando que a arte do riso no teatro circense só precisa de talento e disposição.



Arthur Azevedo revisitado

Histórias de casamento e entre casais são antigas e sempre renovam o imaginário romântico da Literatura, Cinema e outras Artes. A Cia. Falácia, do Rio de Janeiro, aproveitou o mote para montar a comédia musical “Amor Confesso”, com textos do dramaturgo maranhense Arthur Azevedo adaptados.
   
O público foi recebido às 19h por um repertório de canções populares que fizeram a trilha sonora de muitos casamentos (a maioria, por coincidência, também trilhas românticas de novelas), executado ao vivo pelo pianista Roberto Bahal, que a todo instante interagia com o casal de atores Cláudia Ventura e Alexandre Dantas. No cenário, um fraque e um vestido de noiva pendurados em cada canto do teto e apenas duas cadeiras.
A narrativa já começa com a intervenção da plateia. Os atores jogam perguntas sobre quem é casado, quem quer
 casar e quem já separou. As pessoas vão compartilhando suas experiências pessoais e o espetáculo ganha a coletividade, com risos garantidos. Para cada conto encenado, uma canção complementa a cena e vai costurando as diferentes histórias. Músicas como “Errei Sim” (Ataulfo Alves), “A Nível de” (João Bosco), “Vai vadiar” (Zeca Pagodinho), entre outras. As cadeiras do cenário se transformam em palco, bolsa, bonde e todos outros elementos que a estória precisa para ser contada. A paisagem do Rio de Janeiro também aparece constantemente, com a descrição de ruas e logradouros da antiga Capital Federal. E as histórias de fofocas, encontros, desencontros, traição, ciúme, paixões e amores entre casais vão se revelando atemporais.
Mais do que a espera por um final feliz com o tão esperado “sim” no altar, a peça mostra que o exercício do encontro entre duas pessoas, com suas aventuras e desventuras, é o que vale a pena nas relações amorosas.

  
Noite de rock autoral

Duas bandas maranhenses de rock atraíram um público jovem para a Praça Nauro Machado. Nas estampas das camisetas de alguns, as referências musicais de nomes do rock internacional e o jeito despojado de pertencimento a tribos urbanas. Todos se reconheciam numa identidade comum ao gênero musical.

O som da noite começou com discotecagem da DJ Aritanna Varney. Aritanna é tatuadora e há 5 anos faz discotecagem. Ela já foi backing vocal da banda Fúria Louca e preparou uma sequência de clássicos do gênero, combinando os estilos dos grupos convidados. Suas referências musicais não estavam somente no som das pick-ups, o próprio corpo tatuado fazia parte da estética de sua performance que ela definiu como um “estilo de vida”. No repertório de ‘rockabillys’, músicas de AC/DC, Black Sabbath, Chuck Berry, Necromantics, Warrant, Metallica, entre outros.

A primeira banda a se apresentar foi a Boys Bad News. De figurino branco e óculo de sol no rosto, o trio formado pelos músicos Domingos Thiago (guitarra e voz), Emanuel Maia (baixo) e Sandoval Filho (bateria) apresentou um repertório de canções em inglês inspiradas em bandas dos anos 90, época da adolescência dos integrantes, com uma pegada que revitaliza o chamado rock de garagem. Eles encerram a apresentação com a música “Hate Me and Love”, cujo clipe foi lançado oficialmente no site http://www.boysbadnews.com.br/.


Depois, foi a vez da Banda Fúria Louca se apresentar. De calças pretas de couro, cabelos compridos, acessórios e tatuagens fizeram a composição ideal para o contraste com a banda anterior, mostrando que o rock tem espaço amplo para diferentes sonoridades e comportamento. Enquanto a Boys Bad News se comunicava mais “comportada” aos excessos da performance do gênero, a Fúria Louca apostou no contrário, experimentando o rock mais caricatural, com gestos de comando, cabelos que se movimentavam ritmados e a imagem de um palhaço fantasmagórico ao fundo do palco como ícone da novo disco do grupo.

No repertório, canções como On The Croup Of The Sinner, Smiling Cat, The Criminal Novel, Wild Horse Sitting Bull, Rock Fever e Fúria Louca fizeram empolgar e exaltar várias tribos de roqueiros, de skatistas aos jovens de rua. Um dos vídeos da banda mais compartilhado na internet é uma música em homenagem ao bairro do Cohatrac, em São Luís, disponível no Canal Youtube do grupo, http://www.youtube.com/user/furialouca.

 8ª Aldeia Sesc

A 8ª Aldeia Guajajara de Artes segue até o dia 1º de novembro, em São Luís. Nas cidades de Itapecuru e Caxias, a programação acontece de 03 a 09 de novembro, com oficinas, espetáculos teatrais e shows. A mostra é gratuita, mas o público pode colaborar com o Programa Mesa Brasil do Sesc, que complementa milhares de refeições de crianças e adolescentes de São Luís e Caxias, doando 1 kg de alimento não-perecível nas bilheterias dos teatros.

O objetivo do evento é difundir a cultura brasileira e o talento da produção local nas mais diversas linguagens, trazendo espetáculos de circulação nacional e promover a formação de plateia. Este ano o evento passou a se chamar Aldeia, que são as mostras de arte e cultura organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc visando fortalecer os laços comunitários de artistas, espectadores e produtores, buscando inovar e diversificar o circuito cultural brasileiro.

Programação completa e mais informações


(98) 3216 3800 / (98) 3216 3886 / (98)88711079

Texto: Alberto Junior
Fotos: Rosana Barros e Daniel Sena

Aldeia Sesc transforma Palco em Picadeiro no: O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só

A programação desta terça-feira (28) engloba três espetáculos, discotecagem, música instrumental, Intervenção Poética, além de duas bandas tocando muito Rock e Blues.

Na terça-feira tem circo? Tem, sim senhor! Tem teatro? Tem, sim senhor! Tem Aldeia Guajajara? Tem, sim senhor! E quem comanda o espetáculo é o ator Heinz Limaverde, protagonista de O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só, da Cia. Rústica de Teatro, que será apresentada a partir das 19h no Teatro João do Vale.


A montagem de Heinz Limaverde e Patrícia Fagundes com direção musical de Simone Rasslan conquistou em 2011 o Prêmio Açorianos, maior evento de premiação das artes cênicas de Porto Alegre nas categorias de melhor direção e melhor figurino.

A peça é um mix de comédia e musical, baseada em experiências vividas pelo ator que é natural de Crato, município do interior do Ceará, Heinz conheceu o circo na infância e desde então se encantou pela magia do universo artístico.

No imenso picadeiro da memória, o ator se equilibra na corda-bamba que conecta arte e a vida, transitando por vários tipos do imaginário circense, como por exemplo, os personagens clássicos, como a mulher barbada, o mágico, a vedete, o cantor e, claro, os palhaços.

O espetáculo ganha os palcos do Brasil na 16ª edição do Palco Giratório Sesc, considerado o maior festival de teatro itinerante da América Latina. O projeto foi a semente nacional para a realização das mostras de arte e cultura promovidas pelos Departamentos Regionais do Sesc, que este ano receberam o nome de Aldeia.

Às 20h, o palco do Casarão Angelus Novus (Beco Catarina Mina) recebe o espetáculo teatral “Morta entre Lírios” da companhia maranhense Carruagem Produções.


A peça Morta entre Lírios é uma releitura da obra Valsa nº 6 do autor Nelson Rodrigues, onde o amor, o ódio e a decepção dialogam entre si convidando o público para uma viagem que passa pelos caminhos da loucura e da lucidez.

Apresentações no Sesc Deodoro

Aproveitando a estrutura polifônica presente na 8ª Aldeia Guajajara de Artes, será apresentado a partir das 10h da manhã na Área de Vivencia do Sesc Deodoro a peça infantil Mistura: A Dança das Coisas” com o Grupo N8 do Ceará.

O espetáculo é idealizado pelos artistas Carlos Antônio dos Santos, Ricardo Leite e Mônica Rêgo Maciel, integrantes do Grupo N8 que desde 2003 realiza trabalhos que abrangem dança, performance, vídeo-dança, fotografia e teatro, ou seja multilinguagens.

Ao meio dia os frequentadores do Restaurante do Sesc Deodoro vão desfrutar de uma apresentação única, a Discotecagem Rádio Casarão- MA, que promete animar o horário do almoço com o melhor da música eletrônica.


Na sala de Dança, a música instrumental de qualidade é garantida com o Projeto Sesc Instrumental, nesta terça-feira o grupo Ensemble Brasil faz um passeio por temas consagrados da Música Popular Brasileira. No repertório não podem faltar as já eternizadas, Garota de Ipanema, Feijoada do Brasil, Mania de Você, Estrada do Sol, As Rosa Não Falam, dentre outras que prometem encantar o público até às 13h30.

Quem comparecer a Área de Vivencia Sesc do Deodoro também poderá apreciar todo encanto literário da Intervenção Poética “Realejo”. Utilizando um realejo e uma gaiola poética, o mímico Gilson César convida os frequentadores do Sesc para um momento de leitura e reflexão, que pretende atrair idosos, adultos, jovens e crianças.


Shows

A pegada eletrônica da maranhense Carol Vieira promete agitar o público, comandando as pick-ups com muito indie e pop music, a partir das 20h. E quem é apaixonado pelo bom e velho Rock`n Roll não pode perder o show “Em Vida Real” com a banda maranhense Vinil do Avesso, a apresentação acontece ás 21h. A partir das 22h a plateia será embalada pelo melhor do blues com a banda Tequila Blues no show especial “Blues Mágico”.




8ª Aldeia Sesc

A 8ª Aldeia segue até o dia 1º de novembro, em São Luís. Nas cidades de Itapecuru e Caxias, a programação acontece de 03 a 09 de novembro, com oficinas, espetáculos teatrais e shows. A mostra é gratuita, mas o público pode colaborar com o Programa Mesa Brasil do Sesc, que complementa milhares de refeições de crianças e adolescentes de São Luís e Caxias, doando 1 kg de alimento não-perecível nas bilheterias dos teatros.

O objetivo do evento é difundir a cultura brasileira e o talento da produção local nas mais diversas linguagens, trazendo espetáculos de circulação nacional e promover a formação de plateia. Este ano o evento passou a se chamar Aldeia, que são as mostras de arte e cultura organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc visando fortalecer os laços comunitários de artistas, espectadores e produtores, buscando inovar e diversificar o circuito cultural brasileiro.

Fonte: Izadora Carvalho (estagiária) / ASCOM SESC

Leituras dramáticas e dança contemporânea são destaques da Aldeia Sesc nestas segunda, 28

Leituras em Cena, com textos de Zen Salles, acontece às 19h, no Teatro Alcione Nazareth. Cia. Pulsar de Dança apresenta “Quinze”, às 20h, no Teatro João do Vale.


A programação da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes continua nesta segunda (28), dando destaque à dramaturgia e expressões contemporâneas, com a leitura dramática de textos, espetáculo de dança contemporânea, cordel e instalações artísticas em novas linguagens.

Quatro textos de três autores teatrais contemporâneos serão lidos no palco do Teatro Alcione Nazareth, a partir das 19h, com o objetivo de chamar a atenção de diretores e atores para as potencialidades cênicas de obras dramatúrgicas. As leituras fazem parte do Projeto Dramaturgia, idealizado pelo Departamento Nacional do Sesc, e que integra a programação da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes.

A leitura dramatizada não se apresenta como um espetáculo pronto, o que torna o texto ainda mais vivo na interpretação narrativa dos atores. Outro aspecto importante é possibilitar ao público o contato com a obra de dramaturgos que

não estão pudiegoblicados em formato de narrativa literária.

Será feita a leitura dramatizada dos textos “Os Salvados”, de Aci Campelo, com direção de Ivaldo Cantanhede; “Banquete Tupinambá”, de Francisco Carlos, com direção de Luiz Pazzini; e os textos “Agridoce” e “Pororoca”, de Zen Salles, com direção de Luis Pazzini e Cássia Pires, respectivamente.

O dramaturgo Zen Salles é maranhense, radicado em São Paulo, e roteirista da série “Sessão de Terapia”, exibida no Canal GNT. Embora seus dois textos falem de ambientes diferentes, os dois tocam em questões íntimas e dos desejos sexuais. “Agridoce” conta a história de uma mulher condenada a viver trancada em um quarto. Ela recebe a visita de um homem misterioso que a faz lembrar memórias que os dois gostariam de ter esquecido. Em “Pororoca”, o autor usa a metáfora do fenômeno natural das águas do mar invadindo as águas dos rios para falar de personagens que transitam entre o real e o fantástico e dos desejos atiçados pelas lendas e crendices populares, às margens do Rio Mearim, destacando hábitos e o sotaque maranhense.

Cordel, dança e performance

Às 17h, a Praça Nauro Machado recebe o grupo de Teatro de Rua BemDito Coletivo, com o espetáculo “A Chegada de Lampião ao Inferno”, inspirada na tradição popular da literatura de cordel. No texto em versos do cordelista pernambucano José Pacheco, a narrativa fala da chegada de Lampião às portas do céu. Rejeitado por São Pedro, o cangaceiro vai ao inferno, onde nem o capeta quis aceitá-lo.


No Teatro João do Vale, às 20h, será apresentado o espetáculo de dança, “Quinze”, da Pulsar Cia. de Dança. Com duração de 45 minutos, na apresentação a companhia faz um apanhado de coreografias premiadas ao longo de uma década e meia. Quinze tem direção de Abelardo Teles e coreografias assinadas pelos bailarinos Alex Ferrara, Cléo Junior, Fran Mello e Geraldo Lafont (in memoriam). Os espetáculos da Pulsar utilizam a linguagem da dança moderna e contemporânea como instrumento de comunicação e já foram premiados em diversos eventos nacionais.


Ao final do espetáculo, o Grupo Núcleo Atmosfera (NUA) exibirá uma performance inusitada na galeria do teatro: dois corpos dispostos numa mesa reinventarão o tradicional caderno de assinatura de visitantes. A proposta é deixar registrado nos corpos não somente o nome de cada pessoa, mas também várias sensações pelo contato. Ao rabiscar o corpo do artista, o espectador será sugestionado a repensar suas próprias relações sociais.


8ª Aldeia Sesc

A 8ª Aldeia segue até o dia 1º de novembro, em São Luís. Nas cidades de Itapecuru e Caxias, a programação acontece de 03 a 09 de novembro, com oficinas, espetáculos teatrais e shows. A mostra é gratuita, mas o público pode colaborar com o Programa Mesa Brasil do Sesc, que complementa milhares de refeições de crianças e adolescentes de São Luís e Caxias, doando 1 kg de alimento não-perecível nas bilheterias dos teatros.

O objetivo do evento é difundir a cultura brasileira e o talento da produção local nas mais diversas linguagens, trazendo espetáculos de circulação nacional e promover a formação de plateia. Este ano o evento passou a se chamar Aldeia, que são as mostras de arte e cultura organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc visando fortalecer os laços comunitários de artistas, espectadores e produtores, buscando inovar e diversificar o circuito cultural brasileiro.

Programação do Dia 28/10 (segunda-feira)


12h - Apresentações no Sesc Deodoro
  1. Discotecagem Rádio Casarão/MA – Restaurante Sesc Deodoro
  2. Intervenção Poética “Realejo” – Gilson César/MA - Área de Vivência
17h - Espetáculo “A chegada de Lampião ao Inferno” com o grupo BemDito Coletivo/MA – Praça Nauro Machado

19h - Projeto Dramaturgia – Leituras em Cena – Teatro Alcione Nazareth
 “Salvados”, de Aci Campelo, com direção de Ivaldo Cantanhede/MA
“Agridoce”, de Zen Salles, com direção de Charles Melo/MA
“Banquete Tupinambá”, de Francisco Carlos, com direção de Luis Pazzini/SP
“Pororoca”, de Zen Salles, com direção de Cássia Pires/MA

20h - Espetáculo de dança “Quinze” com a Pulsar Cia. De Dança/MA – Teatro João do Vale

21h - Instalação “Caderno de Assinaturas” - NUA – Núcleo Atmosfera/MA – Teatro João do Vale


Programação completa e mais informações
(98) 3216 3800 / (98) 3216 3886 / (98) 8871 1079

Texto: Alberto Júnior