 |
| Cena do espetáculo. Foto: divulgação |
O espetáculo é uma versão brasileira do texto da dramaturga inglesa Sarah Kane, que se suicidou aos 28 anos, dentro de um hospital psiquiátrico. Dirigida por Marcos Damaceno, a montagem traz no elenco Rosana Stavis e Marcelo Bagnara, atores da cia de teatro do diretor.
A peça é composta por fragmentos de pensamentos, monólogos, pequenos diálogos entre vozes que se assemelham a de um médico e a de uma paciente de depressão psicótica. O espetáculo é a tentativa da autora de retratar o funcionamento de uma mente desconexa, fragmentada, difusa.
O espetáculo tem duas personagens: uma mulher e um homem, mas em nenhum momento é clara essa relação. Ele pode ser um médico, mas também uma projeção da mente da personagem mulher, ou até um amor não correspondido. Por isso, a personagem masculina é ambivalente: ora age com distanciamento, ora deixa que as emoções se sobreponham a qualquer norma ética da psiquiatria porque à sua frente está um ser humano atormentado.
